sexta-feira, novembro 03, 2006

Escapando


Sou um cara de fases, também, no desejo sexual. Tem vezes que fico dias só na base da punheta e tá tudo maravilha, outras nem lembro o que é sexo, mas chega uma hora em que tenho que pegar em carne. hehehehehehe... Pelo que eu andei lendo em outros blogs, tem muita gente parecida comigo. Ultimamente, tenho me tornado um frequentador assíduo de um "inferninho" chamado Skype. hehehehehe.... Sim, senhores, caí no sexo virtual. É um tipo de válvula de escape, clube e escola de inglês virtual. A maioria dos caras só quer se masturbar, mas já fiz algumas amizades interessantes.
Esse negócio de mundo virtual é bastante interessante. Lá as barreiras praticamente inexistem. Conheci vários carinhas em bate papo que nunca teria coragem de chegar junto no mundo real. Outra coisa que me chamou atenção é que no chat da UOL da minha cidade, praticamente 90% dos frequentadores são gays ou bi, e apesar de ser uma cidade de médio porte, eu não imaginava que a população glbt era tão grande aqui.
Dias atrás, eu tava no chat "caçando" e comecei a falar com um carinha, fomos pro MSN e quando abri a câmera, descobrimos que éramos colegas de faculdade em uma matéria. Eu nem falava direito com o cara na escola, acabamos nos encontrando e rolou um sexo até bacana. Santa Internet!

quarta-feira, outubro 18, 2006

Além do sexo


Sabe quando você abre o copinho de iogurte e fica aquele pouquinho na tampa metálica? Imagine se você lambesse a tampa, o sabor fosse muito gostoso, mas você joga o iogurte no lixo. É assim que tô me sentindo em relação aos meus "casos". Geralmente eu teclo com o cara na Internet, marco encontro, transo e acabou, fim. No máximo, rolam outros encontros esporádicos, quando a gente dá a sorte de "se bater" pela net. Antes, isso me satisfazia, dava vontade, ia lá procurava, trepava, aliviava e ficava "numa boa" até dar vontade novamente. Agora tô ficando com uma pulguinha atrás da orelha, não é bem uma sensação de vazio, mas de incompletude.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Profundidade

Tenho vontade de viver um romance. Desses de novela mesmo, com entrega total, vontade de ver a toda hora, de não saber imaginar como pode ser a vida sem aquela outra pessoa, ou mais ainda, pensar somente nela ... Mas não consigo, seja com homem ou com mulher, meus relacionamentos são todos rasos. Não tenho interese em conhecer mais profundamente meus amantes.
Semanas atrás, fui à uma Boite GLBT em Salvador (Off Club) , onde extravasei toda a minha luxúria. Era uma noite temática, chamada Blackout, maior escuridão, não dava pra ver muito mais do que as pulseirinhas fluorescentes, e eu me entreguei por completo. Usei, e principalmente, me deixei usar por quem me quisesse. Quer dizer, com algumas restrições, não passei dos beijos e amassos, apesar de alguns parceiros quererem ir mais longe. É uma sensação muito prazerosa, o desejo sexual era tão intenso naquele ambiente, que me saciei só com aquilo. Todavia, seu efeito é passageiro.
Às vezes invejo os casais (héteros e gays) que conheço.
Como é que eles conseguem esse nível de confiança, de união, de companheirismo, de amor?
Sabe aquela coisa de ouvir uma música, ou ver uma cena de filme e ficar todo "molinho", se identificando, se reconhecendo naquilo. Como se consegue isso?
Pode ser que essa barreira seja um dos efeitos da minha insegurança, da minha falta de identidade, do meu medo da sociedade. Mas penso que se eu fosse hétero, talvez não fosse muito diferente.
Nesse post compilei vários assuntos que deveriam ser tratados individualmente, vou arrumar um tempo pra expor esses problemas mais detalhadamente. Agradeço pelos conselhos.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Complexo do bonzinho

"Ele é um menino ótimo!"
"Você é tão responsável!"
Essas frases me perseguiram durante toda a minha vida, já amaciaram muito meu ego, mas hoje estão mais para correntes do que para bálsamos.
Lendo os blogs de alguns caras bi's e mesmo conversando com alguns gays (assumidos ou não) percebi que muitos já foram (ou continuiam sendo) bons garotos ou CDF's.
Em alguns casos, como o meu, tem até contra-ponto em comum, um irmão ou primo, ou mesmo um vizinho pra comparar. "Comé que pode um ser tão santinho e o outro tão encapetado?". Percebo que os benefícios da dedicação ao estudo do bom comportamento até que valem a pena, mas revelo que morro de inveja dos quem tem a vida desregrada.
Talvez o perfil de bom moço seja parte do nosso disfarçe, e por baixo dos novelos brancos e mais externos exista uma expessa lã negra doida pra se exibir.

segunda-feira, julho 24, 2006

Sufocado


Este fim de semana, durante uma pequena reunião familiar na minha casa, em minha cozinha, meus parentes começaram a falar de homossexualidade, como sempre, em tom pejorativo, e eu não podia expressar plenamente minha opinião. Que terror! Me senti espremido.
Atualmente, apenas os meus verdadeiros amigos e meus primos mais jovens e mais próximos sabem da minha bissexualidade.
Tem horas que penso em abrir o jogo, sair do armário, somente praqueles que realmente me importam, aqueles que são minha base. Mas sei que isso os fará sofrer pra caralho e volto atrás. Mas dessa maneira quem acaba sofrendo sou eu.
Às vezes, diante de tanta opressão até que dá coragem pra enfrentar não só a família, mas também a sociedade, explodir o armário de vez, levantar bandeira, fundar ONG e o escambau. Mas o maldito medo é maior, pelo menos por enquanto... espero.

segunda-feira, junho 19, 2006

Efêmero

Em nossas pobres vidas humanas, a única certeza que temos é a incerteza. Nada é para sempre. Juventude, dinheiro, saúde... Um dia tudo irá se acabar. Graças a Deus!
Pense se você tivesse a certeza de que nunca morreria, poderia sentar à sombra de uma árvore, e ficar contemplando o nascer e o pôr do sol por uns seis séculos, antes de chegar junto daquela pessoa que te tirava o sono.
Mas muitas vezes agimos assim, deixamos pra amanhã, pra depois das férias, pra próxima semana.... e o tempo vai passando. Ainda mais, praqueles, que como eu, têm que viver usando máscaras, ser alguém que não é.
O que nos impulsiona a viver é a certeza de que tudo é transitório.

A vida é curta, então curta!

sexta-feira, junho 16, 2006

Yo no creo en las brujas, pero que las hay, las hay.


Certa vez contei pra uma amiga que eu era bi, e ela me disse: "Não existe esse negócio de bi, você é gay!".
Doutra vez, um cara gay mais velho me disse que "... gostar de mulher e de homem é um estado de transição, com o tempo você vai abandonando o desejo por mulher...".
Mas, pelo menos por enquanto, eu não consigo escolher qual é o melhor, nem acredito que um dia possa abandonar um desses desejos. Até porque nunca me deixo envolver completamente num relacioamento, é sempre superficial. Uma das coisas que me atrai no sexo homo é a velocidade com que as coisas acontecem: você nem conhecia o cara há uma hora atrás e agora tá transando com ele, e amanhã nem lembra o nome dele, se é que você perguntou .....hehehe..
E justamente o contrário é que é gostoso na mulher, aquele lance de se fazer de difícil, doida pra dar, mas fingindo de moça de família. A delicadeza, a feminilidade.
Não tem como dizer esse é bem e esse não é.
Por isso é que eu acredito que ser bi pode ser definitivo.

Hello World!

Sou homem, tenho 25 anos e moro no interior da Bahia.
Sempre senti desejo sexual por homens e mulheres desde criança. Lutei contra meu lado gay até que os hormonios da adolescencia e a liberdade da vida de estudante universitário foram mais fortes.
Já tive experiências com os dois sexos. Não foram muitas, é verdade! Mas foram suficientes para eu ter certeza de que não quero abrir mão de nenhum dos lados da minha sexualidade.
Resolvi criar este blog inspirado num outro com a mesma linha de raciocínio: DÚVIDAS DE UM BISSEXUAL DE 30 ANOS.
Escolhi esse título porque os poucos bissexuais que conheci eram bastante antiquados, bichas enrustidas, geralmente casados e com filhos que recebiam o apelido de gillete (porque cortavam dos dois lados). Prefiro a imagem do Mach 3: mais afiado, bonito e moderno.